Edifício do século XVIII, foi até 1834 convento de frades antoninos-franciscanos que davam apoio a religiosos com problemas psiquiátricos. Um facto ainda hoje lembrado pela população que designa este palácio por “hospício”.
Após a extinção das ordens religiosas, viria a ser adquirido em 1842 pelo conde de Podentes, bacharel em medicina e revolucionário liberal interventor, de nome Jerónimo Dias Azevedo Vasques de Almeida e Vasconcelos.
Ao longo da sua história, este palácio recebeu visitas ilustres de figuras régias, como D. Pedro V ou D. Luís. Não lhe faltam belos exemplares de azulejaria, tanto no jardim como no interior. É, no entanto, propriedade privada.
Casa senhorial seiscentista, ficou em ruínas aquando da terceira invasão francesa. No século XIX foi recuperada, respeitando a sua arquitetura e traçado originais. Tendo passado posteriormente a ser propriedade de Artur da Conceição Barreto, este doou-o ao Hospital da Vila. Em 1973 foi adquirido pela Câmara Municipal, tornando-se no edifício dos paços do município desde 1990.
Dividido em três corpos, o central dá acesso a um pátio interior. Daqui elevam-se duas escadarias ligadas entre si por uma varanda, apoiada numa série de colunas. Catorze janelas rasgam a sua frontaria, onde se destaca, em relevo, o brasão de armas dos Figueiredos. Está classificado como Imóvel de Interesse Público.
Em frente a este palácio, existe um monumento em memória dos combatentes mortos na I Guerra Mundial, inaugurado em 1921, o primeiro do género a ser erigido em Portugal.
Aquele que foi um dos maiores e mais imponentes palácios do país – com uma fachada rasgada por 23 janelas que se estendia por toda a atual Praça da República – acabou por ser também uma das construções de Condeixa mais atingidas pelas invasões francesas.
Devorado a 13 de março de 1811 pelo incêndio que as tropas de Massena provocaram, ficou em completa ruína durante mais de um século. Na memória dos mais velhos está ainda guardada a grandiosidade do antigo palácio, cujo primeiro proprietário foi D. Manuel de Sá Pereira, fidalgo da Casa Real, casado com D. Maria Plácida de Meneses.
Em 1930, as urgentes necessidades de reestruturação urbanística obrigaram à demolição da propriedade para proceder ao alargamento da praça (atualmente a principal sala de visitas da vila) e à abertura de novas vias, entre elas, a Avenida Visconde de Alverca.
Da construção seiscentista original, subsiste o brasão de armas da família dos Sás. Na sua fachada descobre-se ainda um nicho que corresponde a uma estação da Procissão do Senhor dos Passos.
O edifício é propriedade privada.
Propriedade da família Ramalho, depois Lemos e, por fim, Sotto Mayor, este palácio foi sendo sucessivamente designado pelos apelidos dos seus proprietários. Na fachada, suspendem-se os brasões das famílias Ramalho e Lemos.
Erguido no século XVII foi, no entanto, na época pombalina que sofreu as reestruturações que lhe conferiram a sua fisionomia atual. Uma chamada de atenção para a capela, cuja entrada lateral se encontra no prolongamento da fachada do palácio.
Com as invasões francesas – e muito particularmente com o episódio do incêndio ateado pelas tropas napoleónicas – deflagrou igualmente a polémica em torno deste palácio. Tendo escapado praticamente incólume à devastação de que grande parte da vila foi alvo, nasceram especulações e avolumaram-se suspeitas quanto à fidelidade do seu proprietário, Manuel Pereira Ramos de Azeredo Coutinho Ramalho, à causa nacional, apontando-se uma sua aliança estratégica com o quartel de Massena como a causa provável para a conservação do palácio.
Durante os séculos XVIII, XIX e XX, e à semelhança de outros solares que recebiam com certa regularidade visitas régias, o palácio hospedou figuras destacadas da história nacional como D. João VI (então príncipe regente) D. Miguel I, D. Maria II, D. Pedro V, o rei D. Carlos, acompanhado do príncipe D. Luís Filipe, e até o escritor Alexandre Herculano.
O palácio Sotto Mayor é propriedade privada e está classificado como Imóvel de Interesse Público.