Erguida no século XVI por determinação de D. Manuel I, aquando da sua passagem pela vila, a Igreja de Santa Cristina veio substituir uma velha igreja existente no mesmo local, indo ao encontro das aspirações da população, profundamente desagradada por ter de se deslocar às igrejas do Sebal ou de Condeixa-a-Velha a fim de ouvir as missas dominicais.
Se a construção da matriz ficou em grande parte a cargo do Mosteiro de Santa Cruz, os paramentos e ornamentação do edifício estiveram a cargo da população. O desenvolvimento da moagem e a riqueza agrícola da região favoreceram o financiamento da obra.
Concluído provavelmente no ano de 1543, o templo viria a ser saqueado e incendiado em 1811, aquando das invasões francesas. A sua reconstrução, em 1821, alterou-lhe o traçado conferindo o recorte neoclássico que ainda hoje apresenta.
De características manuelinas encontra-se a pia batismal e a capela-mor. De inspiração renascentista é a capela de Santa Teresa e a do Senhor dos Passos e de Setecentos mantém-se o retábulo. Destaque ainda para os baixos-relevos de João Machado e João de Ruão, representativos da escola de Coimbra.
De origem muito antiga, o templo já aparece referenciado em documentos do século XII, altura em que devia apresentar um traçado românico ou gótico. É, no entanto, reconstruído em 1521 às ordens do arquiteto régio Marcos Pires (edificador do claustro do silêncio da Igreja de Santa Cruz de Coimbra), que imprimiu o gosto manuelino à igreja.
O acesso ao templo faz-se por uma pequena escadaria e, entre uma fachada sóbria, revela-se um portal manuelino de cantaria lavrada onde sobressaem o escudo nacional e a Cruz de Cristo.
No interior, destaque para o tríptico do altar-mor mandado pintar em 1543 pelo comendador D. Afonso de Lencastre. No painel central figura Nossa Senhora da Graça, tendo ajoelhado aos pés, o mesmo comendador. Nota ainda para dois belos retábulos seiscentistas e para a abóbada estrelada da capela-mor, construída no século XVI por Diogo de Castilho.
A igreja está classificada como Imóvel de Interesse Público.
Em 1240, Sebal surgia já referenciado como paróquia («Seabal»); todavia, do templo ali edificado nas primeiras décadas do século XIV, nada resta.
De invocação a S. Pedro, a atual igreja data do primeiro terço do século XVII, muito embora as capelas laterais sejam enquadráveis na produção artística de finais de Quinhentos. O interior foi alterado por diversas campanhas de obras, ao longo dos tempos. Destacam-se as capelas laterais e os altares em pedra de Ançã, bem como o cadeiral de espaldar da Irmandade do Santíssimo. Não deixe ainda de apreciar as duas tábuas quinhentistas figurando São Paulo e São João Evangelista e diversos silhares de azulejos de fabrico coimbrão, dos séculos XVII e XVIII.
Aquando da terceira invasão francesa, o Sebal foi violentamente acossado pelas tropas napoleónicas e nem a Igreja Matriz escapou ao saque.
Em 2014, este templo foi classificado como Monumento de Interesse Público.
Consagrada a São Pedro, a Igreja Paroquial de Vila Seca (localizada na freguesia de Vila Seca e Bendafé, a cerca de 10 quilómetros de Condeixa) deverá ter origens no século XIV. De acordo com a informação do cónego Pedro Álvares Nogueira, um tal Gregório Vasques, tesoureiro (da Sé?) de Viseu, doara à Sé de Coimbra, entre outros legados, o padroado da Igreja de Vila Seca, com a obrigação de os cónegos dizerem uma missa semanal pela salvação da sua alma.
Atualmente, apresenta uma fachada de finais do século XVIII em estilo neoclássico, como atesta uma inscrição no portal datada de 1774, a provável data de reforma deste templo. Tem dessa época belos azulejos e magnífica talha, espalhada, em profusão, pelos altares. Já no século XXI, recebeu importantes obras de recuperação no retábulo e no teto.